terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje. Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar.
Não me dôo pela metade. Não sou tua meio amiga nem teu quase amor.
Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa.

Sou pessoa de riso fácil e choro também   !
                                           Tati Bernardi

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TUDO O QUE HOJE PRECISO REALMENTE SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA...

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.


"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"...
"As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma do mar
que cantava só para mim. "
- Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Se você entendesse meu silêncio

saberia o que quero te dizer com minha distância;
decifraria o que cada gesto mudo meu quer gritar;
teria conhecimento de minha inquietudes,
e não deixaria meu maior medo ganhar...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Carta ao homem da minha vida

Meu amor,

Hoje ao acordar, rolei três vezes na cama, mas não fiquei deitada meia hora á mais como de costume. Abri os olhos, e ao ver aquela cama enorme, cheia de travesseiros e lençóis, que de tão macios parecem me fazer carinho, imaginei como será gostoso, futuramente, acordar ao seu lado no meio de tanto aconchego.
Isso já fez meu dia começar melhor! Levantei delicadamente, fui dar bom dia a sua sogra e tomar meu café da manhã. Liguei o som, comecei a cantar e pensar em você de novo. E ao olhar a pia cheia de louça, eu senti uma vontade enorme de lavá-las. Sim, eu não falei errado! Eu quis lavar louça, nem me lembro a quanto tempo eu não fazia isso, e me senti tão mulher, eu pensava o quanto você ficaria orgulhoso de saber que a sua mulher, não é uma mulherzinha, e sim um mulherão completo, que sabe exatamente o que fazer em todos os cômodos da casa.
Como hoje eu estava de folga, fui comprar algumas roupas, para ficar mais bonita, pra nós, pois antes de te amar, eu me amo.
Não adianta comprar roupas e estar com o cabelo, as unhas e sobrancelhas mal feitas, certo? Então fui para o salão, dar um toque humano na beleza que Deus me deu. Porque eu sei que você me achará a mulher mais linda do mundo ao acordar, mesmo sem maquiagem.
Voltei pra casa feliz, irradiante, me sentindo um mulherão, como no momento em que eu lavava a louça, porém por motivos distintos.
Cheguei em casa, chequei meus e-mails e conversei com alguns amigos.
Sabia que mais um cara me odeia por sua causa? Sim, e não vem dar uma de coitadinho! Tudo bem, que a opção de não ficar com homens que não possuem a possibilidade de ser você, é minha, mas se eu não te achasse tão especial e único nessa intensidade, eu não faria essas maldades. Eu também admito que às vezes eu faço de propósito, como instigar um babaca, que traiu minha amiga, a noite inteira e falar no ouvido dele com aquela voz bem sexy; "317... Essa é sua senha, pega a fila babaca". Mas poxa, ela é uma amiga-irmã. Resumindo... por minha, ou sua causa, já estou no caderninho negro de algum amigo seu, concerteza. Espero que isso não o intimide.
Mas o dia foi passando, e eu racionalizando tudo como sempre.
Ai eu pensei, será que você realmente existe? Deixei de acreditar no Papai Noel antes dos quatro anos de idade, aos seis descobri que o Coelhinho da Páscoa, era na verdade, o porteiro do prézinho. Será que aos meus vinte e poucos anos vou descobrir que você não existe?
Há uma semana eu jurava que você é aquele cara que está na Itália, mas você não teria coragem de agir daquela forma com a mulher da sua vida. Às vezes eu acho que você é aquele cara que faz medicina, tem uma família toda estruturada, conhece a outra metade do mundo que eu não conheço, e é bom moço. Mas não faria sentido você ser aquele cara, porque a mãe dele me odeia.
Logo... eu chego a pensar que você pode ser aquele outro cara que eu conheci em uma viagem, ou o irmão de uma amiga do colegial, ou aquele da sala do aeroporto, ou o mocinho bonito que me dá bom dia todo dia, e que eu me derreto, ou que eu simplesmente não te conheço.
Quando chego a conclusão de que não te conheço... Nossa! Jesus acende a luz! O problema triplica de tamanho! Eu fico delirando como eu vou te conhecer, quando, onde, se você fala a minha língua, e ai, viagem é total. Só pra não perder a oportunidade, se eu ainda não te conheço, não more na minha cidade, é que eu adoro viajar, principalmente na maionese!(Percebeu?) Rs... Mas é serio! Se você mora aqui, vá fazer um curso, mesmo que seja em Ribeirão Preto, mas não more aqui!
Eu preciso sentir saudades e uma pontinha de liberdade.Olha até onde vai o ponto da minha loucura! Eu nem sei se você existe, e já te peço coisas! E como te pedir mais alguma coisa, não vai parecer uma loucura maior ainda, eu te peço que dê um sinal de vida. Não sei, manda um sinal de fumaça, alguma coisa, aparece no meu sonho, seja um calafrio, me manda uma carta, um e-mail, se vira. Não me faça descobrir que você não existe, não me deixe desistir de você! Seria muito triste me sentir, e ser tão especial, exclusivamente para alguém que não existe.

Com carinho,

Mulher da sua vida.


Autor desconhecido
sou apenas mais uma. - repitia várias vezes
e ele insistia em querer alimentar sua ilusão.
- não você é única para mim.

realmente, a única que sempre atendia quando ele decidia reaparecer

preferia alimentar a ilusão criada por ela mesma,
pobre garota.
não sabia ela que não iria controlar os sentimentos
a explosão de emoção.

agora está aí,
fria, seca e com o coração mais duro que o bruto diamante.

ele, se ilude, que ela ainda o aguarda
porque sabe que isso pode (é) ser real.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

(re)criando ilusões


Engraçado. Ontem li – de você primo – sobre a pessoa improvável

Poxa, realmente ela chega e muda!
Nem sempre positivamente, algumas vezes, chega e detona nossas vidas.
A pessoa improvável surge, ou ressurge, em nossas vidas nos momentos que precisamos e nunca imaginamos. Às vezes brinca de faz-de-conta com a gente e gostamos tanto... Outras vezes nós que brincamos por não acreditar, mas acabamos aceitando e gostando da brincadeira.
Esse é o ruim disso tudo. Quando gostamos, vem  a realidade e destrói tudo.
Poxa, é tão difícil viver um sonho
Gostamos de idealizar, de planejar, de brincar de deuses – onde temos tudo no nosso controle. Mas aí o Todo Poderoso, como que por ironia, olha pra nós, grãozinhos de areia numa imensidão do universo, e diz – “ei criança, eu que faço acontecer!”
Aí pronto! A queda, o tombo, acordamos da ilusão, saímos do mundo cor-de-rosa. A realidade é bem mais cruel... algumas vezes gosto de acreditar que estou tendo só um sonho ruim, que logo-logo passa, mas fico sem coragem de me beliscar pra confirmar.
E se por acaso não for sonho? Se o mundo for mesmo tudo isso que tenho medo?
[...em cada parágrafo, podemos recomeçar uma nova história]
Acreditava que não conseguiria ir em frente. Que não conseguiria falar o que sinto. É verdade... ainda bem que descobri as letras. Nelas me perco, e me encontro num segundo. E meus pensamentos não ficam tão confusos – ficam mais como a musica, jogados no liquidificador (que ironia não?!) Mas com sentido, para mim, pelo menos isso.
Escrevo e me acho, me recrio. É como se fosse um paradigma para mim, a vida.
Quando vivo, no momento, no instante em que tudo acontece, fico muda, trêmula; pensamentos voam longe, não sei distinguir o real do imaginário. Tudo fica embassado, sonhos, lembranças, o momento... e já não sei o que pensar.
Segundos depois, me recordo do ocorrido, e poxa! Eu podia ter feito assim, imagino.
Quando escrevo, cai o peso dos ombros, desabafo. Triste e realista,vejo o que realmente tenho em mim e comigo. E principalmente, sei que tudo que imagino, está vivo, apenas nos meus pensamentos - pelo menos neles...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Confusa, Achada e Perdida... com palavras de Cecília

PERGUNTO-TE ONDE SE ACHA A MINHA VIDA

Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída

Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.

E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.

Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.


Não: já não falo de ti, já não sei de saudades.
Feche-se o coração como um livro, cheio de imagens,
de palavras adormecidas, em altas prateleiras,
até que o pó desfaça o pobre desespero sem força,
que um dia, pode ser, parece tão terrível.


Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei de nada.
Nem de ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
-Existência parada. Existência acabada.

Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: -o luar triste na geada...

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui.

Tudo opaco... E sem luz... E sem treva... O ar absorto...
Tudo em paz... Tudo só... Tudo irreal... Tudo morto...
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?


E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,`
à procura de quem me entenda
e de quem me consolará...

És precária e veloz, Felicidade.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Foste tu que ensinaste aos homens que havia tempo,
e, para te medir, se inventaram as horas.

Felicidade, és coisa estranha e dolorosa:
Fizeste para sempre a vida ficar triste:
Porque um dia se vê que as horas todas passam,
e um tempo despovoado e profundo, persiste.



Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.


Sou entre flor e nuvem,
estrela e mar. Por que
havemos de ser unicamente
humanos, limitados em chorar?
Não encontro caminhos fáceis
de andar. Meu rosto vário
desorienta as firmes pedras
que não sabem de água e de ar.

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor.
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais...

A DOR QUE DÓI MAIS

 Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros
estava ficando tudo calmo,
suave..
começava ela, a aprender a conviver, a viver
sem a presença dele.

mas ele, pra não perder o costume de controlar
de reinar e dominar seus sentimentos mais confusos
resurge, como uma fênix.

[...]

... você axa bonito, moço,
chegar e brincar assim com uma vida
tecer sonhos na imaginação colorida
e depois querer [re]começar como se nada tivesse antes?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tudo acaba com o movimento no canto dos lábios...

Eu não queria casar com você: eu queria estar com você. Será que era pedir muito? Lembro da minha angústia em esperar qualquer notícia sua que não vinha nem da língua mais ferina- a parte eternamente bêbada emocionalmente em mim, nesse momento, sorri. Toda lembrança tua termina com um sorriso de auto-ironia.
Tô escrevendo pra ver se eu te mando embora de uma vez por todas; pra ver se eu te exorcizo, demônio de minha carne.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Posso estar exagerando nas palavras, mas o amor não nos faz ver apenas em tons de rosa, ele nos revela tudo sempre colorido...

Lembrei-me do dia em que te vi pela primeira vez. Nada quero comentar sobre as coisas que li, vindas de você. Deixe-me apenas descrever minhas vontades e você entenderá o que quero te dizer.
Observei você de longe por horas. Deu vontade de pegar teu jeito pra mim e ficar com ele até sempre. Deu vontade de viver um amor quietinho, que aquietasse o meu peito em fúria. Tinha cheiro do quintal da minha infância. Verde-paz. Deu vontade de te comprar aquela casinha que você sempre quis e morar com você.
Deu vontade de tirar fotos dos seus olhares, sorrisos, mãos, quadris e espalhar pela casa inteira só pr'eu nunca me sentir só, sem você. Deu vontade de agradecer por fazer meu coração bater mais forte; te agradecer por me fazer perceber que ainda tenho um coração para abrigar outras coisas que não meu próprio orgulho. Deu vontade de comprar uma ilha pra gente ir passar o fim de semana. Deu vontade de dizer que amo sua altura  [...]
Deu vontade até de te explicar a razão de meu carinho por você ser tão grande (seria realmente necessário?): eu pesco seu carinho por mim no seu olhar, junto ao meu, e, em dobro, te devolvo. Deu vontade de te ver fazendo birra na cama até mais tarde sem querer levantar e te convencer que o dia é sempre lindo demais pra gente fechar os olhos por tanto tempo. Deu vontade de te chamar pra conversar sério e, com um ódio ínfimo, perguntar: 'Porra, você é de verdade mesmo ou eu te criei?'. Deu vontade de deixar bem claro que te gostava exatamente do seu jeito: de cabelos assanhados, vestindo a camisa mais velha [...]
...

não devemos imaginar nem criar suposições sobre aquilo que não é nosso. E se esperássemos menos? E se fizéssemos por fazer? Descomplique as coisas tão simples e você passará a ver beleza até em nossos desencontros.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desabafos, com palavras copiadas...


Eu pedi tanto: "Deus, fazei com que cada dia a mais eu me importe menos". Nessas horas era a parte pecadora de mim que sussurrava: "Mas se eu continuar me importando, só quero que o santo que cuida dele se canse e desista da causa e o jogue pra que eu cuide". Engraçado: você era minha causa. Eu era mais um caso. Eu até pedi pra que você dissesse, sem pudor, que eu era só mais uma- isso não faria você deixar de ser o único pra mim. Queria só não me iludir. Queria só me poupar da queda de ver você amando outra. Queria o sossego inquieto da verdade que rasga e, ao mesmo tempo, costura.
Meu coração já se cansou de falsidade.

Sentimento que guardo em um baú jogado no âmago. Talvez por medo de que alguém veja que tudo o que quero com você é impossível demais pra essa realidade chata e previsível; medo que alguém me avise e eu desacredite. Nosso amor não é lindo, moço. É absurdo.

Quem me dera que você fosse uma ilusão bonita que eu criei pra não me sentir só, até que chegasse alguém pra ocupar o seu lugar. Mas você é minha maior verdade. Por acaso, por sina, por ironia de um destino que até hoje só mentiu pra mim. O problema é saber que tudo o que ouvi de você é mentira e, ainda assim, continuar acreditando. O problema é não te tratar como só mais um e ser só mais uma.

As feridas da minha alma ainda doem tanto. Antes fossem cicatrizes feias e grossas, mas ainda estão em carne viva. Sangrando. Teu sumiço me corta a carne até hoje. Não quero te transferir a culpa por estar como estou. Jamais. Você só acontece porque eu te permito. Porque eu não aprendo. Justamente, por isso, não saro: fico nessa de te viver de novo pela última vez e, depois que nosso momento passa, levo outra porrada. Outros cortes. É você que me aparece com outra; é minha mensagem que você não responde; é a fé que eu não perco de ler sua resposta retribuindo minhas ternurinhas e aceitando meu convite.

Aí, de repente, louco, você resurge. Exatamente quando eu tava conseguindo viver. Fênix. Forte. Berrando em minha consciência: “Ei, otária, vem, meu tempo é esse e agora eu te quero”. Razão que se desprende de mim e faz meu corpo caminhar até você. Você, o desalmado a quem entrego minha alma.
Sempre me foi tão difícil desistir dos sonhos, sabe? Ainda me imagino acordando ao teu lado e fazendo café vestida só com tua camisa velha. Imagino você... Imagino tanta coisa bonita e boba e fácil de se conseguir, caso você se empenhasse também.
Pela milésima vez, olho tua foto e pronuncio baixinho: “por que você não me é? Eu te sou tanto”. Não queria que você pagasse por nenhum mal que me causou. Troco tua punição somente por você ao meu lado, sem maiores complicações. Alívio de minhas dores. O único cicatrizante que me faria efeito. Fluindo, descomplexo dos meus complexos; leve, voando junto com meus anseios. No meu corpo inteiro. Fisicamente. Tuas células em minhas unhas; meu cabelo em tuas mãos; tua boca em meu ouvido, me explicando o que são os “segredos de liquidificador” de Cazuza.
Querer tudo isso ainda me dói. Eu te pedi pra ser feliz e mais nada e você foi embora, levando consigo a felicidade do nosso trato e me deixando o nada pr’eu cuidar. Montanha russa de sentimentos, nossa vida. Barquinho de papel numa poça d’água, sendo soprado e comandado por uma criança de cinco anos que brinca inocente e displicente, nossa história. Ao Deus dará- tomara que dê. Rasgando meu sono ao meio, enquanto vive suas pluralidades e eu aqui tão singular. Tão uma. Tão sua. Tão fim.

Escrevo porque nunca saberia te dizer essas coisas...


Nossa diferença-cheia-de-afinidades foi o que nos uniu, então, deixa. O tempo cuida do resto. O vento sopra e a gente só recebe, sem escolher. Nossa urgência em programar o futuro é o que faz com que o futuro não aconteça. A gente faz plano aqui em baixo e, lá em cima, Deus dá risada da nossa cara. A realidade não é tão séria. Eu sinto sua falta, mas queria que você entendesse que tudo que eu queria era me perder no teu corpo; esquecer meus princípios; me perder de mim; me achar em você. Simples. Claro. Não-infinito.
Costumeiramente, me dá vontade de você. Mas, depois daquela noite, você inventou um mundo não tão doce. A música parou de tocar e você parou de dançar. E a vida é uma eterna dança. É preciso dançar para sobreviver.

Te escrevo hoje porque jamais saberia te dizer essas coisas. A voz falharia. Escrevendo, não. Vez por outra a vista embaça, e eu respiro, e passa, e eu continuo. Era justamente isso que queria que você entendesse: respire e deixe passar, porque passa, confie. Nunca mais se mostre dependente de ninguém. Eu me assustei. Forte, me confesso fraco: teu amor é pesado demais até pra mim.

Guarde a saudade como o bem mais precioso do nosso divórcio. Que seja sempre amor demais, nosso afastamento. Que nunca seja aversão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

era tão simples

ela queria apenas deitar em seu colo
e olhar as estrelas, enquanto o vento,
como uma brisa suave, tocase-os.
e ele; nem estava lá...

domingo, 21 de novembro de 2010



Eu sou para cada pessoa aquilo que ela acha que sou
mas o que para mim importa é que estou a procura de ser
e isso eu ainda não sou.


 Acho que quero o que ninguém quer: frio no verão; calor no inverno; o amor de forma simples. Quero acreditar nos meios termos. Quero andar minuciosamente pelos desenvolvimentos, antes de chegar às conclusões. Quero achar as certezas que procuro desde que me entendo por gente. Cansei de carregar dúvidas: são pesadas demais. Quero mergulhar de cabeça no mundo e foda-se se eu me foder. Quero descobrir se já sei andar sozinha...
...


estamos todos presos do lado de fora de um abraço,
cada um de nós ouvindo de uma mulher diferente
- vai viver a sua vida...vai viver a sua vida... vai viver a sua vida!
pena de liberdade pérpetua...

estamos todos presos do lado de fora de um abraço...


André Newmann - Afinal, o que querem as mulheres?
'
Porque tudo acontece sem explicação. [?]
Fato, é que as coisas simplismente acontecem
para nos ensinar que nada somos ou podemos;
apenas seguimos de acordo com o fluxo do rio
e vivemos consequencias da direção que tomamos
diante dos diversos caminhos que surgem nessa trajetória.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Eu sei que eu poderia estar falando alto ou gritando
Soltando a minha voz aguda e rouca pelo ar
E sei que poderia agora estar cantando
Mostrando a todos como é bela a minha dor
Confesso entretanto que sou incapaz
De anunciar assim o que eu sinto
Prefiro esperar sozinha por você
Pois só você entende o que eu digo

Eu bem que poderia freqüentar todos os bares
Tentando exorcizar um pouco o que sofri
Andar de mesa em mesa
Tropeçando e bebendo
Chorando e contando a minha triste estória
A quem quisesse ouvir
Confesso entretanto que sou incapaz
De jogar fora assim as minhas lágrimas
Prefiro dormir sozinha no quarto
Talvez eu esteja bem melhor ao acordar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia

Eu sei que eu poderia estar vivendo um romance
Escrevendo a cada dia uma página da minha futura biografia
E até que poderia também tentar um suicídio
E assim saciar a sede de sangue da humanidade
Confesso entretanto que sou incapaz
De exibir assim minhas marcas nos jornais
Prefiro deixar o tempo passar
Quebrando uns pratos até você chegar

Não pense que é covardia
É apenas timidez
Só me serve a sua companhia



musicalizando Kid Abelha

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ai aii

...Não há porque chorar por um amor que já morreu,
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade.

                                                         Los Hermanos

Como posso sentir falta do que nunca provei?
do que não vivi?
do que não idealizei

Foi tudo tão rápido!
fiquei apenas com a lembrança de um sonho bom
 - que não se realizou
só em minha mente

Chego a pensar, às vezes, que vivi tudo sozinha
e que foi apenas mera conhecidência
você em alguns segundos ter estado lá
 - mesmo ausente.


ehhh.. idealizo demais
e me perco no que ainda nem sei que quero.

terça-feira, 9 de novembro de 2010




No livro Silent Strength for My life
(Força tranqüila para a minha vida),
Loyde John Ogilvie conta a história
de um menino que conheceu numa viagem.

Ele observou o menino sozinho na sala de espera do
aeroporto aguardando seu vôo.
Quando o embarque começou, ele foi colocado na
frente da fila para entrar e encontrar seu
assento antes dos adultos.
Quando Ogilvie entrou no avião, viu que o
menino estava sentado ao lado de sua poltrona.
O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa
com ele e, em seguida, começou a passar tempo
colorindo um livro.
Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação
com o vôo enquanto as preparações para a
decolagem estava sendo feitas.
Durante o vôo, o avião entrou numa tempestade,
muito forte, o que fez que ele balançasse como
uma pena ao vento.
A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram
alguns dos passageiros, mas o menino parecia
encarar tudo com a maior naturalidade.
Uma das passageiras, sentada do outro lado do
corredor ficou preocupada com aquilo tudo,
e perguntou ao menino:
- Você não está com medo?
- Não senhora, não tenho medo - ele respondeu,
levantando os olhos rapidamente de seu
livro de colorir... - Meu pai é o piloto!


Existem situações em nossa vida que lembram
um avião passando por uma forte tempestade.
Por mais que tentemos, não conseguimos nos
sentir em terra firme.
Temos a sensação de que estamos pendurados
no ar sem nada a nos sustentar, a nos segurar,
em que nos apoiarmos, e que nos sirva
de socorro.
No meio da tempestade,
podemos nos lembrar de que nosso
"PAI É O PILOTO"

Apesar das circunstâncias, nossa vida está
nas mãos do DEUS que criou o céu e a terra.
Ele está no controle, por isso não há o que temer.
Se um medo inconsolável tomar hoje conta
do seu ser, diga:

"MEU PAI É O PILOTO, NÃO TEMEREI MAL ALGUM!"

domingo, 7 de novembro de 2010

como explicar??

Porque você foi o alicerce
Quando era de um chão que eu precisava.
Você foi o caminho
Quando eu não sabia que direção tomar...

Sentimento.. não sei bem como defini-lo. Nem como ele se apresenta para mim.
O amor.. ah o amor, é belo como ele só.. mas, como que posso dizer que amo, se ainda não o conheço por completo?
.. amor, lembro quando o senti a primeira vez..
Foi na troca do olhar, no carinho que ele me fazia..
Na forma com segurava minha mão, e apertava-me firme nos seus braços quando me abraçava. Na forma como sabia cada traço de meu rosto , e desenhava-os sobre minha pele. Na forma como passeávamos na calçada – ele segurando-me firme na cintura enquanto eu brincava de sonhar com as nuvens...
A cada manhã, quando nos olhávamos... Na troca do primeiro bom dia! Nas conversas no fim da noite. Nos filmes debaixo da coberta. Nos segredos, nas confissões e planos prum futuro perfeito.
Nossos sonhos eram os melhores... Nossa casa, ah, ela seria a mais bela. Com aquele terraço enorme rodeando-a, lembra? [...]
Conheci o amor assim. Era simples amar quando acreditávamos que apenas nós bastava. Mas aí tivemos que crescer...
E como doeu... Saber que nosso sonho de viver juntos estava desmoronando, junto com a ilusão de que nada mais era preciso. Começamos a ver que só nós não bastava. Necessitaríamos também de algo mais. Uma casa com luxo, um carro do ano, uma coisa fútil daqui e dali, outra coisa acolá...
Acordamos de nosso sonho lindo rápido demais. A sede do mais, do querer ser mais, do ter mais; nossa sede de crescer em tudo tomou conta. E nos sufocou. Nosso desejo do mais no amanhã nos privou das alegrias do hoje.
Eh, acho que foi assim que ele se afastou de mim. Foi assim neah?
Mas não posso dizer que foi ruim... foi belo a cada minuto.
Tudo que vivemos, nossa! Não tem como esquecer...
Ainda peço a Deus por nós, creio que pelo costume, mas no fundo sei que é apenas por te querer bem. Querer tão bem a ponto de ficar feliz em saber que cresces com um outro alguém, em outra vida, só pelo fato de que estás realizando teus desejos e vivendo os teus momentos – que espero ser cada vez mais feliz.
Saiba, que és um bem imenso em mim. Nunca poderei encontrar alguém como tu – e nem quero. Não por mal, mas porque sei que és único. Porque sei que nunca te encontrarei em outro alguém. Nunca alguém será para mim como fostes. Tão compreensivo, sorridente com minhas besteiras e firme nas escolhas – mesmo quando abria mão delas por mim, ainda mais por recordar que eu fui uma dessas escolhas...
Não te busco em outros rostos, em outros olhares. És único. E sempre serás. É assim que te quero ter: como alguém que me ensinou que o amor é mesmo toda aquela maravilha que falam... Alguém que me mostrou que não devo ter medo de me olhar no espelho. Alguém que me disse que a vida tem sentido, só porque eu estava nela. O cara que me ensinou a crescer e a enxergar o que antes eu não via, que me estendeu a mão quando eu acreditava que não mais merecia. Que me fez despertar para o mundo real; me mostrou que um salto me faria sentir mais bela mas que melhor mesmo era ficarmos descalço em nosso cantinho; me disse que teria que crescer, mas que ainda assim deveria brincar de boneca e não esquecer que o mundo cor-de-rosa também existe aqui fora, e como existe!

Porque você mudou o sentindo e o rumo de minha vida, me dando uma razão pra viver sempre feliz...

Porque não sou boa com as palavras ... [??]

Falar é um dom.
E esse é o que mais me faz falta. Não sei falar. Quer dizer, saber eu sei, mas não aprendi a dominar o que sai de mim. Quando falo, não me expresso. Tenho tudo organizado em minha mente, TIM TIM por TIM TIM.. mas na hora “H”? pronto, saio-me uma negação!
Gostaria de saber falar, não com aqueles grandes patriotas ou políticos, que sabem fazer um belo discurso, mas apenas expressar o que sinto sem medo e sem complicação...
Porque , algo eu sinto.. só não sei bem o quê ...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

tentando entender...

porque nossas palavras nem sempre plantam aquilo que desejamos...
[?]
como expressar o que não se entende?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carta..

Por ter me mostrado um lado de mim e me permitido – unicamente, conhecer um lado de ti. Por ter me apresentado o amor de outro ângulo e descobrir que música, noite, luar o mar e as estrelas ficam bem melhor com companhia – uma boa companhia, a sua companhia! Por me fazer enxergar que o inesperado pode ser bem melhor... por me acompanhar em meus instantes “por sede de aventura” com um sorriso no rosto e o coração aberto.
Por agüentar ouvir minhas besteiras e argumentações toscas sempre atento e ainda assim, mesmo sendo as maiores besteiras do mundo, ainda questionar e concordar quando me via falar segura  e feliz...
Ah! Por tudo de novo que me fez passar. Pela paciência que teve em cada ação planejada – porque você não faz nada por fazer, à toa ou sem razão – que eu sem querer querendo estraguei por medo e insegurança, e algumas vezes por pirraça, como a de uma criança. Pelo carinho que você demonstra em cada olhar. E pela carisma – aquela que você esnoba com o sorriso no canto dos lábios, quando me vê toda sem jeito e quando descobre meus truques...
Como te esquecer? Como não querer?
É que meu querer é de um jeito diferente. Meu amar é completo demais... não sei se sou complexa – com meu 8 ou 80, ou se complico as coisas simples com meu medo de querer arriscar. Acabo ficando só na vontade de querer; porque assim não há riscos, não dá medo, ninguém se machuca, e se machuca é só na vontade, aí a dor passa rapidinho, nem fere.
No faz de conta tudo é mais bonito.
E também o amor é mais belo - e eterno - quando fica só na lembrança, na vontade, no querer e não poder. O proibido é mais tentador, enche mais os olhos. E o amor assim, com barreiras e obstáculos, fica mais apaixonante. Mas daquelas paixões platônicas, onde o querer e o poder ficam bem distantes...
Você me mostrou um mundo mais colorido no meio de tanto tons variados de cinza. Obrigada, obrigada e obrigada...

Porque seu agir, em cada momento só me assegurou mais que ajo certo,
Ao te proteger, de mim mesma,
Para te conservar cada dia mais belo e puro em minhas recordações.
Mas não creia que tive medo, que fugi;
Só não quis arriscar perder o sentimento mais belo...

plagiando um pouco...

Eu queria que você pudesse me ler, porque toda vez que eu tento te falar, me atrapalho toda. As palavras saem na hora errada e você não me entende. Termino transformando a grandeza de um sentimento em bochechas-cor-de-amor e você termina achando engraçado. Eu queria que você pudesse me ler, porque eu já estou cansada de me encabular e ter que ficar me explicando: “Olha, é... aquilo que eu te disse, bem, não era o que eu queria te dizer”. Já ensaiei até uns bilhetinhos pra te mandar, mas, rasguei todos por achar que eles não eram dignos de serem lidos por você. Eu não sou boa com palavras e o silêncio sempre me ensinou mais. Eu queria que você pudesse me ler, porque eu não iria precisar te dizer absolutamente nada e, ainda assim, você me entenderia. Da mesma forma que eu te leio quando você se cala; da mesma forma que eu entendo o motivo de você ainda não ter me dito as coisas bonitas que eu queria ouvir e eu prometo que não vou te cobrar nada. Eu queria que você pudesse me ler, porque o idioma pra quem ama nesse tanto, ainda não foi inventado.

pra quê??

Pra que tentar me explicar em detalhes, e com tantas palavras, se o que eu não digo é muito mais visível e esclarecedor?!