sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

(re)criando ilusões


Engraçado. Ontem li – de você primo – sobre a pessoa improvável

Poxa, realmente ela chega e muda!
Nem sempre positivamente, algumas vezes, chega e detona nossas vidas.
A pessoa improvável surge, ou ressurge, em nossas vidas nos momentos que precisamos e nunca imaginamos. Às vezes brinca de faz-de-conta com a gente e gostamos tanto... Outras vezes nós que brincamos por não acreditar, mas acabamos aceitando e gostando da brincadeira.
Esse é o ruim disso tudo. Quando gostamos, vem  a realidade e destrói tudo.
Poxa, é tão difícil viver um sonho
Gostamos de idealizar, de planejar, de brincar de deuses – onde temos tudo no nosso controle. Mas aí o Todo Poderoso, como que por ironia, olha pra nós, grãozinhos de areia numa imensidão do universo, e diz – “ei criança, eu que faço acontecer!”
Aí pronto! A queda, o tombo, acordamos da ilusão, saímos do mundo cor-de-rosa. A realidade é bem mais cruel... algumas vezes gosto de acreditar que estou tendo só um sonho ruim, que logo-logo passa, mas fico sem coragem de me beliscar pra confirmar.
E se por acaso não for sonho? Se o mundo for mesmo tudo isso que tenho medo?
[...em cada parágrafo, podemos recomeçar uma nova história]
Acreditava que não conseguiria ir em frente. Que não conseguiria falar o que sinto. É verdade... ainda bem que descobri as letras. Nelas me perco, e me encontro num segundo. E meus pensamentos não ficam tão confusos – ficam mais como a musica, jogados no liquidificador (que ironia não?!) Mas com sentido, para mim, pelo menos isso.
Escrevo e me acho, me recrio. É como se fosse um paradigma para mim, a vida.
Quando vivo, no momento, no instante em que tudo acontece, fico muda, trêmula; pensamentos voam longe, não sei distinguir o real do imaginário. Tudo fica embassado, sonhos, lembranças, o momento... e já não sei o que pensar.
Segundos depois, me recordo do ocorrido, e poxa! Eu podia ter feito assim, imagino.
Quando escrevo, cai o peso dos ombros, desabafo. Triste e realista,vejo o que realmente tenho em mim e comigo. E principalmente, sei que tudo que imagino, está vivo, apenas nos meus pensamentos - pelo menos neles...

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